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Quem foi Tia Zezinha?

Josefa Pereira Laú, nascida em 19 de março de 1928 em Mazagão Velho, é uma figura icônica no cenário cultural e social do Amapá. Filha de Benedito Laú e Raimunda Lemos, suas raízes profundas e seu amor pela cultura afro-amazônica moldaram sua jornada extraordinária.

Desde pouca idade, Josefa, carinhosamente conhecida como "Tia Zezinha", mergulhou nas festas e tradições da comunidade, nutrindo uma conexão inquebrantável com suas raízes ancestrais. Seu compromisso com a preservação das tradições culturais a conduziu a um papel de liderança e inspiração para todos ao seu redor.

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Em 1945, aos 16 anos, Josefa encontrou seu grande amor, Mariano Aleluia Picanço, com quem enfrentou obstáculos sociais para construir uma família e um legado. Sua dedicação à cultura do Marabaixo a fez ser reconhecida não apenas como dançarina habilidosa do Marabaixo, Zairé e Batuque, mas também como guardiã das tradições religiosas e culturais que definem a identidade afro-amazônica.

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Josefa se destacou como integrante de honra da Comissão de Foliões de Nossa Senhora da Piedade do Igarapé do Lago, onde preservou a memória das tradições e contribuiu para a celebração das festividades. Além disso, sua atuação na escola de Samba Piratas da Batucada e nas quadrilhas juninas demonstra seu profundo compromisso em preservar a riqueza cultural da região.

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Seu compromisso com a cultura e a comunidade a levou a receber o título de "Mestra da Cultura Popular" pelo Ministério da Cultura. Sua sabedoria ancestral e paixão pela transmissão do conhecimento a tornaram uma figura respeitada não apenas no Amapá, mas em todo o Brasil.

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Em 5 de abril de 2020, o Amapá perdeu uma verdadeira guardiã de sua cultura, mas o legado de Josefa Pereira Laú continua a brilhar intensamente. O Museu Afro Amazônico Josefa Pereira Laú é uma homenagem digna a essa mulher extraordinária, cuja vida e contribuições continuam a inspirar e unir comunidades, celebrando as raízes afro-amazônicas e cultivando um futuro de respeito e igualdade.

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Hoje, lembramos e celebramos a vida de Josefa Pereira Laú, uma mulher cujo espírito e dedicação moldaram o passado e continuam a impactar o presente e o futuro da nossa cultura e identidade afro-amazônica.

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